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A ARTE E A FRAGILIDADE

Eu preciso falar disso. Do quanto tenho me sentido frágil, e do quanto tenho remexido em opiniões antes arraigadas. (Nem sempre as coloco em outro lugar, mas que bolino, bolino.)

A fragilidade é por conta de uma condição que me persegue desde a chuva, que culminou, noite passada, em duas injeções de adrenalina pra que o ar parasse de me faltar. As opiniões também fragilizadas eu não sei bem o porquê.

Repito sempre que considero arte o que 1) me provoca prazer e/ou 2) exercita minha imaginação e/ou 3) alarga o meu entendimento, já levando em consideração o caráter investimento da arte.

E oi? O que têm esses assuntos a ver? É que ainda há pouco eu não considerava o trabalho dessa moça arte que valesse a pena, achava apelativo. Mas hoje, ao vê-lo mais uma vez eu me lembrei de mim, de minha fragilidade, de uma frase sobre a eternidade que ouço sempre, e o espírito de deus pairou por sobre as águas. As opiniões se remexeram. E não que me deleite ou agrade, não que eu deseje colocar em minha parede. Mas é Arte.

(E isso acontece em um momento em que estou tentando construir um projeto de mestrado. Primeiros passos, nem achei - ou procurei - um orientador. Mas que é sobre a arquitetura da felicidade, e mais ainda sobre a beleza doada e que traz felicidade, o hedonismo solidário. A beleza das florinhas na janela, do perfume de roupa passada no lençol, dos pequenos cuidados do dia a dia. E logo agora aprendo que nem tudo que eu gosto é beleza.)
A ARTE E A FRAGILIDADE Reviewed by vivianne pontes on 19:09 Rating: 5

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